ENSINADOR CRISTÃO - LIÇÃO 12

segunda-feira, 22 de março de 2010








LIÇÃO 12



VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR


Seguindo a seqüência de lições, observamos que Paulo defende seu ministério e mostra o quanto trabalhou e sofreu em prol do Reino de Deus. Mas em meio aos seus trabalhos e lutas, Paulo partilhou de momentos que nenhum apóstolo participou, como ser arrebatado e conhecer coisas sobre os céus. É evidente que um tipo de conhecimento como esse deixaria qualquer pessoa cheia de si, e nesta lição, veremos o recurso de Deus para que o apóstolo não fosse uma pessoa soberba diante das revelações que teve da parte do Senhor.

Ele começa o verso 1, do capítulo 12 de 2 Coríntios, dizendo do que não era conveniente gloriar-se por causa dos desafios que teve de enfrentar. Suas lutas haviam sido recompensadas com uma mostra do que o aguardava quando terminasse sua carreia: o céu. Ele esteve no paraíso e viu, como o próprio texto diz, coisas que ao homem não é lícito falar. É evidente que muitas coisas que Deus mostra a alguns de seus servos não serão compreensíveis a todos os outros filhos do Reino, mas mesmo grandes revelações atraem para si grandes responsabilidades. Uma grande chamada é acompanhada de igual desafio à sua concretização. O desafio de Paulo não era guardar a excelência da revelação, mas manter-se útil diante de Deus e com humildade.

As revelações eram maravilhosas. Quem pode mensurar a parcela da Eternidade que ficou à disposição da mente de Paulo? E quem pode mensurar a possibilidade de um homem como Paulo se tornar uma pessoa arrogante por causa da grandiosidade do que tinha visto quando foi arrebatado? Nós não podemos mensurar, mas Deus pôde. E com a permissão divina, Deus utilizou-se de um expediente que manteria Paulo dentro do padrão desejado por Ele: o famoso espinho na carne.

A bíblia não especifica a espécie de “espinho na carne” ao qual Paulo foi submetido (algumas pessoas dizem que foram as marcas dos açoites e as conseqüências destes para a saúde de Paulo; outros dizem que era a aparência dele, ou o provável problema de vista, pois quando foi curado da cegueira que lhe fora acometida na estrada de Damasco, caíram de seus olhos algo como escamas). Ele não se preocupa em detalhar a natureza do espinho, mas diz a sua causa: “Para que eu não me exaltasse pelas excelências das revelações... um mensageiro de Satanás, para me esbofetear”, 2Co 12.7.
Quando alguém quer ferir uma pessoa, usa a agressão, mas, quando quer humilhar essa pessoa, dá um tapa em seu rosto.
Esse era o objetivo do espinho permitido por Deus na carne de Paulo: Não permitir que Paulo se achasse melhor que qualquer outra pessoa pelas revelações que teve. Aquela era uma prova caba de que Deus amava seu servo e que desejava usá-lo ainda mais, mas que era preciso que Paulo mantivesse com humildade o conhecimento que recebera.



*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

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